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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Por cima do desespero...

Teve um dia, tempos atrás, que fiquei muito perto de desistir de tudo. Após ter recebido um telefonema com péssimas notícias, a vontade de deixar cair o meu corpo e afundar na lama foi muito, muito forte. Coloquei o fone no gancho e senti o meu estômago encolher e desabei lenta, gradualmente. Mas sem saber, caí por cima do meu gato escondido embaixo do edredom. E ele, depois de um desesperado miado de susto, saiu correndo todo esbaforido. Aquilo tudo, aquela cena ridícula, me fez pensar que havia mais uma chance (e que não havia chegado a minha hora ainda).

domingo, 23 de janeiro de 2011

Las chicas de Miraflores

A minha baixa auto-estima tem dessas coisas. Lembro que quando tinha 15 anos vivia a ficar numa praça qualquer de Miraflores, observando "las chicas" saindo da escola. Todas em lindos uniformes: blusa branca, saia xadrez e sapatos impecáveis. Pequenos objetos de desejo (lembrem que tinha apenas 15 anos). Uma paixão e tanto, separada pelo imenso fosso das classes sociais. E mesmo sendo branco, "las chicas"  não teria olhos para um morador da periferia de Lima. Talvez se fosse menos tímido, talvez. 
Eis a explicação para a minha fixação por objetos da classe média alta, por moças de boa família (como eram conhecidas antigamente), por patricinhas, por lindas mulheres que costumam freqüentar o circuito Itaim/Maresias. E é claro que sempre sairei frustrado, magoado e sem pegar ninguém...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O objeto V (II)

Para quem em sã consciência ainda acompanha este blog, informo que em breve voltarei a escrever mais algumas bobagens...
É chegado o momento de falar do meu objeto de desejo atual. Objeto que, de alguma forma, me deu a idéia maluca de entrar nessa história de stalker.
Talvez seja desfeita, raiva ou simples paixão platônica, tanto faz...só sei que sonhei com ela ontem e aquilo pouco que tenho dentro de mim "surtou", ou melhor, falta uma palavra mais adequada para conceituar o meu sentimento.
E aqui entre nós, gostaria de ter como postar uma foto dela. 
Mas não. O rosto dela continuará sendo anônimo. Um sorriso apenas. 

domingo, 9 de janeiro de 2011

Eu a vi (quase)

Eu a vi há pouco, quase nada. 
Um retrato, talvez.
Olhos pequenos, escuros e o sorriso tímido
de quem me vê e não diz nada.
E em silêncio, quase sem palavras,
vivo, escrevo e te esqueço
em suaves prestações mensais