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domingo, 28 de novembro de 2010

Teu jeito de ser me alegra. 
Teu jeito de olhar me entristece.

O stalker gosta de sexo?

Há dias que não venho por aqui. Trabalho de mais, vontade de menos. Mas assistindo ontem a "Lost in translation", fiquei pensando se na vida do stalker há espaço para o desejo sexual. Da minha parte não. Como já disse ontem, a minha relação - virtual ou pessoal - com os meus objetos de desejo sempre foi mais de admiração, de reconhecimento. A baixa auto-estima tem dessas coisas. Lembro quando criança que tinha um profundo desejo pelas mocinhas brancas dos bairros mais nobres. Desejo intenso misturado com uma timidez doentia que me impedia de chegar perto delas. Eis a razão, o problemas de ter virado um voyeur social. Aquele que observa a vida passar e nem percebe que foi deixado pra trás por todos.
Voltando ao filme. A relação do personagens não passa pelo sexo. Não há gemidos, gritos ou sussurros. O amor nasce da convivência, do compartilhamento de interesses e vazios. Do questionamento da realidade e da nossa realidade. Brigamos o tempo todo para sermos aceitos que esquecemos de nós mesmos. 
O filme é lindo, suave e tocante. Poesia no meio da metrópole. E não cabem julgamentos morais. Fulano é velho e casado. A menina é muito nova e comprometida, etc. Aqui trata-se de duas almas em fuga, em desespero. No direito de serem felizes, mesmo que isso signifique a dor de outrem.  
A minha vida de stalker passa por aí. Não há sexo, mas há desejo. E para aqueles que se levam muito à sério ou têm mania de perseguição, é algo que assusta. Afinal, somos doentes terminais. Uns sofrem por terem tudo, outros por não possuírem nada. 
E os meus objetos de desejo, infelizmente, mesmo tendo tudo, serem bem-sucedidas e felizes, ainda têm medo de mim. São as minhas atitudes que as tornam assustadiças, receosas e fogem, fogem como a vida que me esquece e me devora.

More than this

just like honey - scarlett johansson

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Blind Melon - No Rain (Live Acoustic)

"All I can say is that my life is pretty plain
you don't like my point of view
you think I'm insane
It's not sane......it's not sane"

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Do Twitter e outras loucuras...

Nada como um bom twitter para tornar a vida de um stalker mais prazerosa. Afinal, existe forma mais fácil e rápida de azucrinar com a vida de alguém? E de nada adianta o objeto de desejo te bloquear ou proteger seus tweets,  pois você consegue burlar tudo isso. 
Mas mudando um pouco de assunto. 
A ideia deste blog era fazer um relato mezzo verdade, mezzo ficção da minha vida de stalker. Das angústias, deprês e bad trips que um infeliz precisa suportar nesta vida maluca. E no fundo, bem no fundo, tinha a ilusão de me tornar popular da noite pro dia. Ledo engano (mais uma prova da minha estupidez). 
Continuo o imbecil de sempre. O imbecil que fica monitorando seus objetos de desejo à distância, utilizando-se das facilidades das mídias sociais para seu deleite tão particular (objetos de desejo com uma vida bem mais interessante que a minha, é claro).
Chega!
Quem leu e não gostou, paciência.
Quem me levou muito à sério, azar.
Pode me bloqueiar, pode me jogar no chão, pode pisar em cima.
E tal morador de rua que morre espancado sem saber o motivo, não irei reagir nem gritar...



"All I can say is that my life is pretty plain 
you don't like my point of view
you think I'm insane
It's not sane......it's not sane"
No Rain - Blind Melon

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Parêntesis II

Conheci pessoalmente o meu objeto de desejo atual. Basicamente, não é um objeto de desejo, é mais um amor platônico. Adoro ler tudo aquilo que ela escreve.
Mas foi muito engraçado, pois não a imaginava do jeito que ela é. O rosto, o cabelo, tudo bem. Mas foi engraçado e nada mais posso dizer pra não revelar a identidade da mesma. 
P.S.: E é claro que não falei com ela.

O objeto II

A minha segunda experiência relevante como Stalker foi com uma apresentadora de TV. Foi paixão ao primeiro frame. E da-lhe mandar e-mails, presentinhos e posts no orkut. Cheguei a ligar, conversar, trocar idéias e até deixar uma caixa de bombons na portaria do prédio onde ela  residia à época.
Não foi uma atitude tipicamente de stalker. Poderíamos chama-lo tecnicamente como um fanzoca alucinado. Nada perigoso, nada letal. 
E consegui conhece-la pessoalmente. Linda é pouco. Mas sei lá. Com o tempo, quando ela se tornou mais conhecida e popular, o meu interesse decaiu. Ou provavelmente, tenha surgido - nem lembro mais - um outro objeto de desejo mais interessante, mais envolvente, mais viciante.
Só sei que nada sei, já diria o poeta (ou foi um filósofo?). 
E na maioria das vezes, beleza feminina caminha junto com a futilidade. São atraentes, mas acabam te cansando.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mar dormente

Vamos viver de brisa
minha cara baixinha invocada.
Fincar raízes numa praia de areia bem fina
e de mar quase dormente.
Com pescadores que vivem a jogar truco,
bebem sem pressa
e recolhem a rede felizes.
Sim, teremos filhos, 
mas eles não ficarão conosco,
pois cada um a seu tempo,
será engolido pelo desejo de fugir
do nosso esconderijo.
E assim, esgotados de tantas marés, 
deitaremos de mãos dadas e pés molhados
numa pequena cama feita de espuma e conchas coloridas. 
Com o amanhecer, uma gaivota sorrateira irá levar seu chapéu.
E não haverá gesto, não haverá reação.
E tal garrafa, com uma mensagem dentro dela,
o chapéu de palha irá acordar do outro ladodo Atlântico.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

My name is Stalker, James Stalker

"Sou apenas uma pessoa comum que não tem nada a perder."
Se na adolescência eram as espinhas que me traziam sofrimento e serviam como desculpa para não me aproximar de nenhuma garota; hoje é a pança e o excesso de gordura no tórax que alimentam a minha doença. Exagerar nos "defeitos" é umas das características do stalker. Justifica a baixa auto-estima. As neuroses e ressentimentos. O stalker não consegue lidar com a rejeição. Sente-se injustiçado e canaliza tal raiva no objeto de desejo. E muitas vezes, é claro, a vítima não teve culpa alguma. É uma vítima das circunstâncias. Estava na hora errada, no lugar errado. 
Mas quem vive a expor seus sentimentos na blogosfera está sujeito a isso. Nada impede que você encontre pelo caminho um ser perturbado que goste daquilo que você escreve. E daí a tentar uma aproximação mais intima, é um pequeno passo. 
O stalker tenta ser um amigo, ser aceito como parte do grupo, compartilhar experiências e busca desesperadamente traços em comum. Encara seu objeto de desejo de forma obsessiva e a vê como uma alma gêmea, como obra do destino. E não aceita questionamentos (reparem que não falei em nenhum momento de sexo).
No mundo não virtual isso acontece todo dia, são as pessoas que amam demais e que não têm o mínimo de respeito por si mesmas. Abrem mão de tudo pelo ser amado e exigem o mesmo. Santa ingenuidade, santa estupidez.

CLASSIC SCENE: American Beauty


Lester Burnham: Nope; I'm just an ordinary guy who has nothing left to lose.

sábado, 13 de novembro de 2010

Parêntesis

Algo me intriga há tempos. No Twitter, você pode seguir quem quiser, em tese. E se você gostar da figura, você pode também segui-la no Orkut e no Facebook. Isso caracteriza stalking? Tem gente que reage muito mal. Penso que se existe uma disfunção emocional no stalker; no objeto do desejo há também uma dose razoável de paranóia.
E quanto mais ela resiste em ser "seguida", mais o stalker continua a assedia-la. Os objetos que não entram em crise e não vêem nada demais em serem seguidos em mais de uma mídia social, podem ficar tranqüilas, pois o alvo predileto do stalker sempre será aquela menina (ou menino) que demonstra medo, revolta, indignação (e que te bloqueia no twitter, no MSN etc). É aquela velha história, se o cão percebe que você está apavorado, ele vai deitar, rolar e te morder...

O objeto


Fico olhando a tela do twitter e não consigo entender o porque de não ter nenhum tweet novo. Não há nada vezes nada. Poderia simplesmente desistir e fechar o aplicativo, mas em se tratando de uma cabeça perturbada como a minha, a palavra desistir não existe. E como configurei o TweetDeck para emitir um sinal sonoro cada vez que receber um tweet com o meu nome, tô parecendo um cachorro condicionado.
Começo - apenas para passar o tempo - a fazer uma contagem, ou melhor, um levantamento dos objetos que já "aceché". Foram - sempre mulheres, é claro - quatro, cinco vítimas? Nem sei. Apenas tenho a absoluta certeza de que se não houvessem mídias sociais, nada disso teria acontecido. Será? E aquela menina que eu vivia a mandar bilhetinhos no trabalho? Mas aquilo não era stalking. No máximo, assédio sexual ou coisa parecida. Voltando à contagem. Seis, sete coitadas? Lembro que a primeira era uma loira surfista e comerciante. Vivia a mandar-lhe recadinhos com duplo sentido no Orkut. E com o advento do Facebook, tentava de qualquer forma me tornar seu amigo, enviando convites a torto e a direito. No fim, ela sumiu por completo. Do orkut, do facebook e do MSN. Por minha causa? Talvez. Quero acreditar que não. Afinal já a conhecia pessoalmente através de um relacionamento comercial. Logo, não foi um stalking totalmente virtual. Bom, se ela sumiu das principais mídias sociais, restou o LinkedIn. E ela está lá, cada dia mais linda e bem-sucedida.

Você me segue. Eu te persigo.

Não foi fácil chegar aqui. Refleti muito. Ponderei os prós e os contras. E os riscos que estaria correndo. E  se alguém da Delegacia de Crimes Virtuais, que não gostou do assunto,  me fizer uma visita? Pra mim não será nenhuma surpresa. Ces't la vie.
Tive que providenciar algumas mudanças. A minha principal conta no Twitter passou por algumas alterações. A intenção é falar prioritariamente sobre política e meios de comunicação. E uma outra conta, que falava da Dilma, foi repaginada e teve seu nome alterado.  E esta conta será o repositório dos posts publicados neste blog além de dar um destaque maior aos assuntos culturais e para tanto, dei follow e unfollow em vários perfis. Nada muito radical. 
E apesar do objeto do meu desejo ter interpretado isso como uma furtiva tentativa de assedia-la, não foi nada disso, pois não é necessário criar uma nova conta no twitter para acompanhar seus passos.
Ficção ou realidade? Sou doente mesmo? Sou um stalker ou apenas um tolo - platonicamente apaixonado?

Al acecho

Cabe aqui uma breve explicação do por que criar este blog? É simples. Tornar palpável, tornar concreto tudo aquilo que sinto dá sentido aos meus sentimentos, pois passar por tudo aquilo que passei, nos últimos meses, ficaria sem razão de ser. Ou você pensa que viver por viver é o mais correto?
Pense aqui comigo, se estou doente - e estou doente - nada melhor do que me expor. Quem sabe assim, possa exorcizar o que me aflige e encontrar ajuda. 
Enquanto isso, continuo sendo um stalker e vou tocando a vida. Uma vida que depende do seu objeto de obsessão para sobreviver.
P.S.: Gostaria de escrever mais. Talvez um texto longo e intelectual seria o mais adequado, mas não consigo. Além dos ruídos externos, das pessoas ao meu redor e dos afazeres prosaicos, me falta talento.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Minha Vida de Stalker

Este blog já nasce fadado ao fracasso. Afinal quem em sã consciência vai querer ler ou muito menos acompanhar um blog que relata as vicissitudes e loucuras de um Stalker. E quando digo loucuras, não falo em pequenas e inofensivas neuroses. Falo de loucura mesmo. Paranóia, obsessão, raiva, frustração e muito, muito mais. Mas cabe a você seguir ou não. Cabe a você acreditar ou não. Cabe a você me chamar de idiota ou elogiar a minha estupidez. 
A idéia central é relatar o meu dia-a-dia. De como uma mente perturbada consegue tocar a vida, escolher as vítimas e só pensar em fazer merda. Mas a culpa não é só minha. Culpa também têm as mídias sociais que permitiram essa interação tão dramática.
E se você pensa que revelar as minhas intimidades, confessar os meus pecados é no mínimo bizarro; não esqueça que banalizar e tornar pública a nossa vida privada é café com leite, é arroz com feijão. Faça de conta que estou dentro de um reality show e que você será o único espectador, a única testemunha da minha decadência.

Stalking

Stalking é um termo relacionado à caça animal, que significa a forma sorrateira de um predador se aproximar de sua presa.
Stalker seria então o indivíduo que cerca sua vítima, numa atitude de caça e a persegue de tal maneira que nunca a perde de vista. Nem diante da mais severa rejeição, ele (ela) desiste. Insiste na aproximação, segue seus passos e pode se tornar agressivo e voltar sua ira contra a pessoa eleita, seus familiares, seus amigos ou afetos e, até mesmo, seus animais de estimação.
Stalking is a term commonly used to refer to unwanted, obsessive attention by individuals (and sometimes groups of people) to others. Stalking behaviors are related to harassment andintimidation. The word "stalking" is used, with some differing meanings, in psychology and psychiatry and also in some legal jurisdictions as a term for a criminal offense. It may also be used to refer to criminal offences or civil wrongs that include conduct which some people consider to be stalking, such as those described in law as "harassment" or similar terms.