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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A mãe do Stalker

Falar do Stalker (em se tratando de homens) sem falar da mãe - seria no mínimo  injusto e como diz a letra da canção, estaria faltando um (baita) pedaço. A mãe do stalker é autoritária e prepotente. Age por instinto, sem maldade, mas suas atitudes incoerentes e impulsivas, provocam um nó na cabeça de quem está em formação. Haja paciência para conviver com alguém assim. Muitas vezes,  a forte presença da mãe, eclipsa a figura paterna. Longe de mim, querer insinuar que todo stalker é um gay em potencial. Nada disso. É que a falta de um referencial masculino, torna a vida do stalker uma confusão mental e tanto. Apegar-se a objetos fica mais fácil do que ter que lidar com a dúvida, com o risco de ser rejeitado. Não basta querer obter o reconhecimento materno, é mister superar qualquer expectativa. Ir além e fracassar. E como produto desse purgatório terreno, é inevitável sentir medo de relações mais intensas. O stalker não foi criado para lidar com a incerteza da paixão. A mãe dele fez de tudo para desiludi-lo, para torna-lo insensível e perdedor. E de uma criança castrada e super-protegida, resta o voyeur, o obsessivo, o neurótico e observador. E não querendo generalizar, mas já generalizando - o stalker é o gay que conseguiu sair debaixo da saia da mãe. Mora sozinho, pode até casar e ter filhos, mas dentro dele há a insatisfação permanente, o desejo mal direcionado, a vontade doentia, o apetite de matar a mãe e ir ao cinema (e se for um filme de Woody Allen, mil vezes melhor).

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