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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

My name is Stalker, James Stalker

"Sou apenas uma pessoa comum que não tem nada a perder."
Se na adolescência eram as espinhas que me traziam sofrimento e serviam como desculpa para não me aproximar de nenhuma garota; hoje é a pança e o excesso de gordura no tórax que alimentam a minha doença. Exagerar nos "defeitos" é umas das características do stalker. Justifica a baixa auto-estima. As neuroses e ressentimentos. O stalker não consegue lidar com a rejeição. Sente-se injustiçado e canaliza tal raiva no objeto de desejo. E muitas vezes, é claro, a vítima não teve culpa alguma. É uma vítima das circunstâncias. Estava na hora errada, no lugar errado. 
Mas quem vive a expor seus sentimentos na blogosfera está sujeito a isso. Nada impede que você encontre pelo caminho um ser perturbado que goste daquilo que você escreve. E daí a tentar uma aproximação mais intima, é um pequeno passo. 
O stalker tenta ser um amigo, ser aceito como parte do grupo, compartilhar experiências e busca desesperadamente traços em comum. Encara seu objeto de desejo de forma obsessiva e a vê como uma alma gêmea, como obra do destino. E não aceita questionamentos (reparem que não falei em nenhum momento de sexo).
No mundo não virtual isso acontece todo dia, são as pessoas que amam demais e que não têm o mínimo de respeito por si mesmas. Abrem mão de tudo pelo ser amado e exigem o mesmo. Santa ingenuidade, santa estupidez.

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