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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mar dormente

Vamos viver de brisa
minha cara baixinha invocada.
Fincar raízes numa praia de areia bem fina
e de mar quase dormente.
Com pescadores que vivem a jogar truco,
bebem sem pressa
e recolhem a rede felizes.
Sim, teremos filhos, 
mas eles não ficarão conosco,
pois cada um a seu tempo,
será engolido pelo desejo de fugir
do nosso esconderijo.
E assim, esgotados de tantas marés, 
deitaremos de mãos dadas e pés molhados
numa pequena cama feita de espuma e conchas coloridas. 
Com o amanhecer, uma gaivota sorrateira irá levar seu chapéu.
E não haverá gesto, não haverá reação.
E tal garrafa, com uma mensagem dentro dela,
o chapéu de palha irá acordar do outro ladodo Atlântico.

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